Pr. Ícaro Alencar de Oliveira
Texto-bíblico: “Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Heb. 11.13).
Leitura bíblica em classe: Rom. 7.
Hinos do Cantor Cristão: 164. Revivificação | 192. Só por Jesus | 217 – Segue-me.
A. Introdução.
EM nosso último estudo sobre as dispensações, aprendemos que uma dispensação consiste numa administração do plano redentor de Deus, e de sua vitória gradual sobre o pecado, sendo que dentro de cada economia Deus testa a fidelidade humana à uma revelação específica de sua vontade, de modo que sempre a humanidade falhará e sofrerá um juízo. A seguir, encontraremos um resumo das últimas três dispensações.
B. 5ª Dispensação: Lei (Êx. 20 – Mat. 27.31; Mc 15.20; Luc. 23.25; Jo. 19.27)
Descrição. A quinta dispensação é chamada de Lei. Quando Deus deu a Moisés os dez mandamentos (Êx. 20.1-17) por sua graça, quis demonstrar de modo mais claro o poder devastador do pecado e que cada homem havia individualmente ofendido a Deus (Rom. 5.14). O homem era pecador e culpado apesar de não ter conhecimento da Lei (Rom. 3.19, 20), pois sua consciência depõe contra o homem (Rom. 2.15); apenas Cristo foi capaz de cumpri-la (Mat. 5.17) de modo que a lei foi dada para enfatizar o poder do pecado sobre a raça humana (Rom. 7.7-12) e assim, a lei operou para a nossa morte eterna (2Cor. 3.7-11).
Teste. Por sua graça, Deus concedeu aos homens mais uma oportunidade para fazerem bom uso de sua liberdade, desta feita, fazendo uma aliança condicional com a nação de Israel. Com isto, Deus deu os Dez Mandamentos e assim foi estebelecida a Aliança Mosaica (Êx. 20) enquanto a Aliança Abraâmica é perpétua (Gên. 17.19), a Aliança feita em Moisés é condicional (Êx. 19.4-6). Esta dispensação era um ministério para a condenação com ênfase no domínio da morte (2Cor. 3.7-9).
Falha. Depois que a lei foi dada, o povo hebreu pecou de muitas formas (Is. 1.4), quebrando os mandamentos (Rom. 10.21), de modo que, como era de se esperar, o povo hebreu desobedeu e falhou em mais um teste de obediencia da revelação especial dada por Deus a eles, caindo em ruína (Jer. 39.9; 41.10; 52.28).
Juízo. Ninguém jamais foi salvo por ter cumprido da lei (Rom. 3.20,28; Gál. 2.16; 3.10), de modo que os hebreus pecaram contra Deus e sofreram o exílio de 70 anos na Babilônia (Jer. 25.11). Outro juízo que veio sobre os judeus foi o endurecimento temporário que veio com o fim da dispensação da Lei e início da Dispensação da Graça (Rom. 11.25), quando negaram e crucificaram o Messias judeu (Luc. 23.33; Ef. 2.15); mesmo com tal desobediência Cristo obteve vitória sobre o pecado e a Lei foi cravada na cruz (Col. 2.14), de modo que o fim da Lei é Cristo (Rom. 10.4).
C. 6ª Dispensação: Graça (Mat. 27.32; Mc 15.21)
Descrição. A sexta dispensação é chamada de Graça. Desde o Antigo Testamento, Deus já havia falado sobre a Nova Aliança ou Novo Testamento (Jer. 31.31-34); ela está firmada no sangue de Cristo (Mat. 26.28; 1Cor. 11.25; Heb. 9.15). Esta aliança é chamada de “segunda aliança” em contraste com a lei de Moisés (Heb. 8.7), e esta é superior por ser incondicional e por garantir que o povo do pacto cumprirá as suas condições (Heb. 8.10), se estende a todos os homens, sem distinção (Heb. 8.11), obterá vitória sobre o pecado (Heb. 8.12). Nesta dispensação, Deus tornou conhecido o mistério da igreja (Ef. 3.1-13), a qual começou repentinamente no Pentecostes (At. 2.1-4) e será repentinamente terminada no arrebatamento (1Tes. 4.13-18).
Teste. Na atual dispensação, os homens serão testados pelo que fazem com Cristo e como respondem ao chamado da salvação por meio da fé em Cristo Jesus (Ef. 2.8-9). As parábolas do reino, registradas em Mateus 13 nos dão uma ideia geral de como os homens responderão ao convite da salvação por meio de Cristo:
Juízo. Com o arrebatamento da igreja, Deus trará a grande tribulação (Mat. 24.21); este período é chamado de tempo de angústia para Jacó (Jer. 30.7) e o Anti-Cristo reinará por 3 anos e meio (Dan. 9.26). No final da grande tribulação haverá o julgamento das nações antes de começar o reino (Mat. 25.31-46) e todos os que não se converteram até a vinda de Cristo, morrerão com a aparição de Cristo (Ap. 19.11-21).
D. 7ª Dispensação: Reino (Ap. 20)
Descrição. Olhando para o passado e o presente, fica claro que as profecias relacionadas ao reino visível literal ainda não se cumpriram (Mat. 19.28; At. 1.6-7; Ap. 20.1-6), em especial aquelas relacionadas à Aliança Davídica (2Sam. 7.12-14) que é incondicional (Sal. 89.20-37).
Teste. Nesta dispensação, o homem será testado em sua obediência ao Rei Jesus e ao seu governo em um momento em que Satanás será amarrado por mil anos (Ap. 20.2); naquele momento, ninguém poderá culpar a influência maligna para seus pecados, pois Cristo reinará sobre todas as nações (Is. 9.6-7; Jer. 16.14-18; Ap. 19.15).
Falha. Mesmo em um ambiente favorável com vida longa (Is. 65.19,20), um rei que governa com firmeza (Gên. 49.10; Núm. 24.17; Sal. 2.8,9; Ap. 12.5; 19.5), vivendo em paz universal (Is. 9.6; Mq 4.3,4; Luc. 2.13,14), ainda assim, os homens se levantarão contra o governo de Cristo.
Juízo. Após os mil anos, Satanás será solto e haverá uma rebelião contra Cristo, mas não obterão êxito, e os homens morrerão consumidos por um fogo que descerá do céu (Ap. 20.7-10). Em seguida, haverá o juízo do grande trono branco, quando o Diabo, o Falso Profeta, o Anti-Cristo e a Besta serão lançados no lago de fogo (Ap. 20.11-15).
QUESTIONÁRIO
1. Faça um breve resumo da Dispensação da Lei.
2. Faça um breve resumo da Dispensação da Graça.
3. Qual o Teste e a Falha da Dispensação da Graça? Explique
4. Qual o juízo que virá no fim da Dispensação da Graça? Explique
5. Faça um breve resumo da Dispensação do Reino.
Nota:
[a] Adaptação de LAHAYE, Tim. Enciclopédia popular de Profecia Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2011. p. 335.