Que a Graça e a Paz de nosso SENHOR Jesus Cristo, e o amor de Deus nosso Pai seja convosco hoje e sempre. Muito me tem inquietado saber que muitos falsos profetas, dizendo-se servos de Cristo, e não o sendo, antes, servindo-se a si mesmos: “Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” (Lucas 16:13).
Estes falsos profetas são usurários da palavra bendita do SENHOR, diferente dos santos apóstolos: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo.” (Filipenses 3:7). São verdadeiros mercadores de suas próprias verdades: “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita. (2 Pedro 2:1-3).
Bem destes falou Paulo, o apóstolo dizendo, dizendo sobre tais filhos de Mamom: “cujo Deus é o ventre, cuja glória é para cofusão deles, que só pensam nas coisas terrenas” (Filipenses 3:19). Ora, não há afronta maior que esta: fazer das Santas Escrituras um meio de obtenção de lucros “Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” (Marcos 8:36). A estes, temos instruções claras de como deve ser nosso procedimento: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes.” (Tito 1:9). Estes mesmos sequer foram algum dia, convencidos pelo Espírito Santo, sequer confessaram seus pecados; a nossa pregação para estes enganados usurários deve ser a mesma de João Batista: “E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?” (Mateus 3:7).
O mundo constantemente adota vários discursos acerca do que seria o amor verdadeiramente, e nos cabe ter cuidado, pois o próprio Cristo nos advertiu dizendo: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim” (João 15:18). O nosso SENHOR Jesus já nos advertira que não poderíamos esperar do mundo o amor: “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.” (João 15:19). Verdadeiramente, o que tem me preocupado é a falta de amor em nossas igrejas.
O próprio povo que se diz cristão tem vivido uma prática diferente do discurso de nosso SENHOR, mas Cristo disse: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (João 13:15). Temos visto um Evangelho destituído de qualquer faceta do amor de Deus, ou na melhor das hipóteses, um amor teórico, que não traz a Deus glória alguma; a estes já tem Deus o seguinte juízo: “E ao anjo da igreja de Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.” (Apocalipse 3:14-19). É necessário que meditemos um momento acerca do amor. O amor é a essência da religião cristã: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” (1 João 4:8); a realidade do cristianismo é o amor, e essas duas verdades não são realidades diferentes“Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus.” (1 João 3:10), afinal, o centro do cristianismo e de sua subsistência está no amor de Deus por pecadores desmerecedores os quais somos nós, que não merecíamos nada mais que sofrer toda danação que faz jus à nossos pecados,"Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8).
E estes falsos profetas, mercadores da Palavra, deixo-vos cientes acerca do Juízo de Deus sobre vossa ignomínia: “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva. Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo. Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” (2 Pedro 2:17-22).
No amor de Cristo,
Ícaro Alencar de Oliveira