Dentro do entendimento Dispensacional, não haveria necessidade de outro arrebatamento. Primeiramente, o arrebatamento é para a igreja, logo, assim como a igreja começou repentinamente no Pentecostes, finalizará repentinamente no Arrebatamento (At 2; 1Co 15:51,52). Embora a vinda de Criso seja dividida em duas fases, o arrebatamento é um evento que lida puramente com a igreja. O fim do arrebatamento é livrar a igreja da ira futura (1Ts 1:10) que é a grande tribulação (Dn 9:27; Mt 24), pois terá sido o fim do tempo dos gentios (Lc 21:24; Rm 11:25).
Quanto ao texto de Mateus 24:31, é uma confusão comum desta trombeta com aquela de 1Ts 4, de 1Co 15 as quais não apresentam eventos visíveis, mas invisíveis, e as trombetas do Apocalipse (8 ao 11) e Mateus (24 ao 25) que apresentam eventos visíveis; é necessário frisar uma relação entre os eventos de Apocalipse e de Mateus como o sol escurecer, etc., (Mt 24:29 e Ap 8:12), mas Paulo nada fala do sol escurecendo em 1Co 15 e 1Ts 4; ou seja, nenhum evento visível, a não ser a apostasia, precede o arrebatamento (1Tm 4:1,2; 2Tm 3:1-4).
Mateus fala do futuro profético reservado para a nação literal de Israel, para cumprir os desígnios de Dn 9:24b, não dos gentios. É importante frisar que, de Ap 1 ao 3, fala-se constantemente da igreja; ela deixa de ser mencionada; em Ap 4, quando o apóstolo da igreja, João, é arrebatado. Depois, a igreja é mencionada somente em Ap 19, já nas bodas do cordeiro, antes do reino que é citado em Ap 20. Portanto, a aliança que Deus fez à sua Igreja é de recebermos galardões (1Co 3:11-15; 2Co 5:10), não passarmos pela 70ª semana de Daniel (1Ts 1:10). Já Israel, após a tribulação, receberá o Reino prometido.
Quanto às duas testemunhas, citadas em Ap 11:3-11 em nada parece sugerir outro evento, senão ressurreição.