Waldensians - The True History of the Christian Church)
http://www.fellowshipofthemartyrs.com/articles/44-about-the-church/97-waldensians-the-true-history-of-the-christian-church
Este artigo está em dívida com o trabalho de "O JOVEM REFORMADOR"
Publicado pela ALIANÇA PROTESTANTE. Editado pelo Dr. Stephen J. Scott-Person, Publicações da Aliança, 77 Ampthill Road, Filtwick, Bedford, MK45IBD
Você já ouviu falar dos valdenses? Provavelmente não. [Existiram desde o século I !!! Sempre independentemente de Roma !!!] Eles eram originalmente conhecidos como os Valdeses – [que significava] "os moradores do vale." Eles também [antes do século 8, segundo o monge católico João de Damasco, no seu livro Sobre as Heresias] foram chamados de Cátaros - o que significava "aqueles que são santos [com vidas separados do mal, para Deus]". A palavra Valdese mudou ao longo dos séculos e eles passaram a ser chamados de Waldenses e de Valdenses. Eles viviam nos vales montanhosos do Piemonte [que significa "ao pé das montanhas"], no norte da Itália e no sul da França. Eles eram pessoas simples. Eles eram pessoas trabalhadoras e fiéis.
Houve um líder cristão chamado de Pedro Waldo, que ministrou aos valdenses nos anos 1100. Por causa da semelhança do nome [Waldo], ele foi considerado por alguns como o fundador dos valdenses. Mas os valdenses existiram muitos séculos antes de Pedro Waldo se juntar a eles. Eles foram a primeira verdadeira "denominação" cristã [grupo a que os seus inimigos deram um apelido que pegou e eles aceitaram sem pro0blemas] e traçam seu início desde o primeiro século, desde a primeira geração de cristãos.
LUX LUXET IN TENEBRIS "A LUZ BRILHA NA ESCURIDÃO"
"A LUZ BRILHA NA ESCURIDÃO" era o lema dos valdenses - eles cumpriram esse lema durante todos os dias sombrios ---- ANOS --- GERAÇÕES !!! --- de perseguição !!!
Desde o primeiro século, os Valdeses, os "moradores do vale" ouviram a verdade do Evangelho. Eles tinham em suas mãos todo o Novo Testamento. Todos os livros que sempre foram o cânon reconhecido da Igreja Cristã. Eles viviam pelos ensinamentos dele [o Novo Testamento].
Os ministros valdenses eram chamados de "barbas". A palavra significava algo mais ou menos semelhante a "tio". Estes barbas e outros missionários valdenses espalharam a luz do Evangelho por toda a sua porção da Europa naqueles primeiros séculos. Eles não construíram edifícios que causassem admiração. Eles não possuíam muitas terras nem tinham poder político. Tudo o que eles tinham era a simples palavra do Evangelho: Jesus Salva.
A partir do quinto século, eles [abertamente] se recusaram a reconhecer a igreja em Roma como uma genuína igreja cristã fiel [N.Trad.: faziam isso desde 253, na grande desfraternização, quando, em todo o mundo da cristandade, as poucas e pobres igrejas fieis se separaram das muitas e poderosas que passaram a aceitar 2 erros: a) que batismo era essencial à salvação, e b) que havia uma hierarquia de igrejas, as superiores mandando nas inferiores, Roma sendo a suprema de todas. https://www.palavraprudente.com.br/estudos/gilberto_s/historiaigreja/cap02.html ]. Os bispos e papas estabeleceram-se com poder político, viviam no colo da riqueza e do luxo, e alegaram que eles eram a autoridade final em todas as coisas cristãs, e fortemente insistiram [e impuseram] que todos os cristãos em toda parte estavam sob sua jurisdição [impunham que os papas e bispos tinham poder supremo sobre todos os cristãos do mundo]. Ao mesmo tempo, eles tinham tomado [e absorvido] todos os rituais e cerimônias e liturgias das antigas religiões pagãs romanas, chamando-os de liturgia cristã, e insistiram que essas cerimônias eram o coração e a realidade da religião cristã.
Eles chegaram a ponto de negar a obra que Jesus havia feito na cruz.
Eles negaram o poder salvador da palavra de Deus [sozinha]. Eles negaram que o sangue de Jesus [sozinho] nos purifica de todo pecado. Eles tomaram o sistema pagão existente de confissões, penitências e purgatório, que os romanos tinham feito em adoração ao deus pagão chamado Mithra, o matador de touros, e chamavam esse sistema de o caminho cristão. Eles declararam que a morte de Jesus na cruz não era boa o suficiente. Eles disseram às pessoas que elas tinham que sofrer por seus próprios pecados.
Você foi informado de que a Igreja Romana foi a primeira e única igreja cristã. Isso não é verdade. Os valdenses ouviram o puro evangelho no primeiro século. Eles tinham a Bíblia desde o primeiro século e se recusaram a ceder nos sagrados ensinamentos dela sobre a Redenção de Cristo.
A Igreja Romana foi iniciada pelo imperador Constantino em 312 dC [N.Trad.: na realidade, a igreja romana já estava em gestação desde o início do século II: particularmente pelo fato de ser Roma a riquíssima capital e rainha do mundo, surgiram as primeiras alegações de que ela devia reinar no cumo de uma hierarquia sobre toda a cristandade.]. Constantino a configurou ao longo da estrutura política existente. O ofício de Pontifex Maximus, "sumo sacerdote" - sempre tinha sido ocupado pelo líder da religião de Mitra. Constantino preencheu o ofício agora vago com um bispo que não se importava de viver em luxo e poder ao lado do imperador. É daí que o papado veio. Jesus Cristo não teve nada a ver com isso.
Nos anos seguintes, a igreja romana se comprometeu cada vez mais, até que não mais acreditou no poder redentor da morte e ressurreição de Cristo. Jesus era o ressuscitado Filho de Deus, mas, de acordo com a hierarquia da igreja romana, você tinha que ir a outra pessoa para obter seus pecados perdoados.
Os valdenses se recusaram a obedecer a qualquer um a não ser a Cristo. Eles não reconheciam nenhuma autoridade além da Bíblia. Eles iam [direta e somente] a Jesus Cristo para o perdão dos seus pecados.
A hierarquia em Roma não podia tolerar o desafio contra sua pretensa autoridade. Seu ódio e ciúmes contra os valdenses levaram às guerras e perseguições contra os valdenses que duraram mais de mil anos. No entanto, eles ainda afirmavam que tinham poder absoluto sobre tudo o que se chamava de cristão.
Apocalipse 2: 6: "Mas isto tens (a teu favor): que odeias as obras dos nicolaítas, as quais (obras) também *Eu* odeio."
Nicolaítas é uma palavra composta que significa "conquistadores dos leigos" - "vencedores do povo" - os USURPADORES DO PODER!
Como foram esses bispos e papas "usurpadores do poder"? Eles declararam que "Você não pode vir a Cristo sem nós e nossas cerimônias! Você deve pertencer a nós e estar sujeito a nós!"
Mas os valdenses tinham a Bíblia. A palavra de Deus. Eles a tinham em sua própria língua desde o primeiro século, quando o Espírito Santo a deu aos apóstolos que a escreveram [N.Trad. Não entendi o autor aqui.. O Novo Testamento foi escrito todo e somente em grego. A tradução de toda a Bíblia para o latim, a Vetus Itala, ou Antiga Bíblia em Latim, foi completada somente no ano 157 dC, depois foi usada durante séculos, nos vales dos Alpes Italianos, pelas igrejas valdenses]. Eles a estudavam e eles viviam por ela.
Cada geração dos valdenses era fiel ao que seus pais haviam lido para eles da palavra de Deus. Eles odiavam as ações dos usurpadores do poder, sobre os quais Jesus havia declarado no livro do Apocalipse que Ele também odiava.
[Porventura] é realmente possível que Jesus veja algo acontecendo em [uma] Sua igreja, entre as pessoas pelas quais Ele morreu, e declare que Ele odeia tal igreja?
Sim. Leia Apocalipse, capítulos 1,2,3.
No ano de 1229 dC, a igreja romana tornou-se apóstata [N.Trad.: ué, nesse tempo certamente piorou ainda mais, mas a proeminente igreja romana sempre foi nitidamente apóstata e perdida desde o século II!]. Um apóstata é alguém que costumava ser cristão, mas não é mais [N.Trad.: um apóstata é alguém que fingiu tão bem ser salvo que todos acreditaram, talvez mesmo ele chegou a acreditar parcialmente na sua própria mentira, mas finalmente a máscara caiu e todos perceberam que ele NUNCA foi realmente um salvo. Exemplo: Judas, o iscariote]. A hierarquia [católica] havia abandonado sua fé, mas não queria renunciar ao seu poder político.
Eles realizaram uma reunião chamada de o Conselho de Valência. Então eles declararam que a Bíblia era um livro proibido. Ninguém além de membros do clero poderia possuir, ler ou traduzir a Bíblia!
O 119º Salmo declara que a entrada da palavra de Deus traz Luz. Esses líderes da igreja apóstata não estavam interessados na luz de Deus.
Eles declararam que eles mesmos estavam no comando, e que ninguém, a não ser eles mesmos, tinha permissão para ler a Bíblia. Mas os valdenses tinham todo o Novo Testamento em sua própria língua desde o primeiro século. [N.Trad.: ao que eu saiba, a tradução de toda a Bíblia foi completada no ano 157 dC.] A entrada da palavra de Deus deu luz às suas almas.
Salmo 119:11. "Escondi a Tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra Ti."
Os missionários barbas (a palavra usada pelos ministros valdenses) correram grandes riscos ao viajar através do continente europeu como vendedores ambulantes. Enquanto viajavam de um lugar para outro, pregavam Jesus a quem quisesse ouvir. Quando eles eram apanhados, e se descobria que tinham uma parte da Bíblia Sagrada em sua posse, eles eram enviados para a prisão ou a morte.
Então, eles começaram a memorizar grandes porções da Bíblia, de modo que não precisariam do papel “incriminatório”, viajavam como vendedores ambulantes e pregavam a palavra de Deus e a salvação de Jesus Cristo onde quer que fossem.
Até mesmo os homens, mulheres e crianças comuns dos valdenses, que nunca saíram de casa para ir nessas jornadas missionárias, corriam perigo constante.. A igreja oficial em Roma não podia tolerar qualquer rebelião contra sua própria reivindicação de autoridade absoluta sobre tudo o que se chamava de cristão.
Muitas vezes, ao longo dos anos, grandes exércitos invadiram os vales do Piemonte [isto é, vales aos pés das montanhas], na tentativa de destruir os valdenses e sua fé na Bíblia como a única autoridade em relação aos ensinamentos de Jesus.
Os esforços dos papas que se sucederam para destruir a fé Protestante [N.Trad.: teria sido melhor o autor ter usado "protestante" com inicial minúscula, um adjetivo que se aplica a todos que protestaram contra erros e heresias desde os dias de Caim, ao invés de "Protestante" com inicial maiúscula, no sentido de sempre ter sido igual aos reformadores, particularmente aos calvinistas, portanto um substantivo] dos valdenses nos vales do Piemonte eram campanhas militares altamente organizadas.
Uma dessas campanhas aconteceu em 1486. O papa Inocêncio VIII convocou Carlos I, o duque de Sabóia, a reunir um exército para destruir os "hereges" que ousavam acreditar que Cristo era o chefe de Sua própria Igreja, e não havia nenhum outro chefe.
"Porque outro fundamento nenhum homem pode pôr além daquele estando já posto, o qual é Jesus, o Cristo" [1Co 3:11], a principal pedra angular.
"Porque quem é Deus senão o SENHOR? E quem é rochedo senão o nosso Deus?" Sl 18:31
Um exército de mais de 18.000 homens, ansiosos por vitória e pilhagem, invadiu os vales para travar uma guerra contra os santos de Deus.
O grande e feroz exército marchou nos vales. O general encarregado decidiu dividir sua força e atacar todas as aldeias da montanha ao mesmo tempo.. Foi a batalha de Golias contra Davi.
Golias era Roma, armado com espadas e lanças [e cavalos e armaduras], contra Davi, os pobres humildes valdenses que lutavam [apenas] com arcos e flechas.
Isaías 54:17 "Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR, e a justiça deles que de Mim procede, diz o SENHOR.."
A invasão terminou em desordem. Um dos líderes dos soldados do exército invasor chamava-se "Nero de Mondovi". Ele e seus homens conseguiram chegar ao topo de uma cordilheira. Quando os valdenses reunidos ali o viram, eles se ajoelharam em oração.
Nero de Mondovi zombou então. Ele pensou que eles já estavam conquistados. Ele ergueu a viseira de seu elmo, a fim de rir deles com maior facilidade, e gritou: "Vocês serão salvos com uma vingança!"
Naquele momento, uma flecha valdense, disparada por um anônimo "Davi," perfurou sua testa, matando esse" Golias ".
Seu exército fugiu em retirada desorganizada, perdendo-se no terreno [por eles] desconhecido e caindo para a morte nas encostas escorregadias das montanhas.
Carlos I, duque de Sabóia [entre 1482 e 1490], retirou seu apoio da expedição. O representante do papa, chamado de Legado do Papa, foi [por Carlos I] mandado embora e foi informado de que a missão estava terminada.
Então um representante da Casa de Sabóia encontrou-se com os barbas Valdenses, para lhes assegurar de que a guerra contra eles havia acabado. Durante esta reunião, ele conheceu algumas crianças valdenses. Ele exclamou surpreso: "É possível que estes sejam filhos de hereges?" Sua surpresa foi devido ao fato de que ele tinha sido informado de que os "hereges" valdenses eram monstros nascidos com gargantas negras e um chifre na testa. Foram atitudes como essa, que valeram àquela época da história o nome "Idade das Trevas".
Quando não havia uma guerra real sendo travada contra eles, os valdenses ainda estavam sob ameaça da Inquisição. Para explicar isso em termos modernos, o Santo Ofício da Inquisição era a Polícia Religiosa [muito pior que a sanguinária Gestapo de Hitler]. Esses oficiais da igreja invadiram todas as famílias, todos os lares, para se certificar de que as leis religiosas [de Roma] estavam sendo obedecidas. Os pais valdenses ensinavam aos filhos a Bíblia. A polícia religiosa prendia os pais, tirava os filhos deles e os colocava em mosteiros e conventos, onde lhes eram ensinadas as antigas cerimônias pagãs que agora eram chamadas de liturgia cristã, e a luz da palavra de Deus seria negada. [N.Trad.: esta diabólica e continuada política de matança dos pais fieis e lavagem cerebral dos filhos me faz não confiar completamente na firmeza doutrinária dos valdenses depois de completada a terrível cruzada contra os Albigenses (incluindo Cátaros e Valdenses), em 1229. As novas gerações ainda tinham amargura contra Roma e anelavam separar-se dela; podiam ter zelo; mas tinham absorvido partes do fermento romano, enfraquecido e perdido partes da fibra e pureza dos seus antepassados dos séculos 1,2 e 3 ... . É por isso que hoje pregam o evangelho social e são tão ecumênicos e tolerantes a todos os desvios doutrinários.]
A história dos valdenses é uma história de perseguição ininterrupta, detenção ininterrupta, tortura, prisão, espancamentos, enforcamentos e queimaduras. Começou no quinto século [N.Trad.: a perseguição aos valdenses começou no século terceiro. No quinto, se agravou muito mais] e continuou por todas as gerações até os anos 1700. Mas cada geração de valdenses manteve-se [basicamente] fiel aos ensinamentos do Novo Testamento [N.Trad.: mas veja minha nota no parágrafo acima]. Jesus Cristo é a cabeça de Sua igreja. Não há ser humano que possa reivindicar ser a cabeça da igreja de Cristo. Pecados são lavados de nossas almas pelo poder do sangue derramado por Jesus na cruz. A palavra de Deus, dada pelo Espírito de Deus, é a autoridade em todas as coisas. Jesus perdoa nossos pecados quando nos arrependemos deles e pedimos a Ele que nos perdoe. O verdadeiro cristão deve ser obediente somente a Cristo, não ao papa.
No século 16, grande evento abalou todo o continente da Europa. A Reforma.
Os verdadeiros cristãos crentes da Bíblia sempre existiram desde o primeiro século. O maior grupo duradouro, ao longo dos séculos, foi o dos valdenses.
Mas a Reforma começou algo novo. Os nobres alemães tomaram o partido de Martinho Lutero contra o papa, e começou uma revolução tanto política como religiosa.
Começando com a Alemanha e passando à Inglaterra e a Holanda, essa nova ideia se consolidou. As pessoas começaram a pensar: "Devemos ser pessoas livres, livres para servir a Jesus Cristo em obediência ao verdadeiro Evangelho".
Quase todos os reformadores eram membros do clero romano. Eles começaram a ler a Bíblia e aprender o que a mensagem do evangelho realmente é, e se rebelar contra a tirania religiosa que governou o mundo por tantos séculos. A organização política do mundo foi abalada. Toda a história do mundo foi abalada. Clero. Eles começaram a ler a Bíblia e aprender o que a mensagem do evangelho realmente é, e se rebelar contra a tirania religiosa que governou o mundo por tantos séculos. A organização política do mundo foi abalada. Toda a história do mundo foi abalada.
Notícias desses eventos chegaram às remotas casas dos valdenses nas montanhas do Piemonte. Os barbas enviaram o barba Martin da cidade de Lucerna para investigar. Ele retornou de sua jornada com um bom relatório. O evangelho estava sendo pregado na Alemanha, na Suíça e na França. O mesmo Evangelho em que os valdenses criam e que guardavam e preservavam fielmente desde o primeiro século.
Uma cidade na Suíça, chamada Genebra, parecia ser o centro de atividades desse movimento, e dois barbas foram enviados a Genebra para encontrar e saudar os reformadores de lá.
A reunião foi considerada um milagre pelos dois lados. Os reformadores [reconheceram que] aqui [nos valdenses] estava uma igreja que tinha sido preservada dentro do puro evangelho desde o primeiro século cristão. E os valdenses [tomaram por certo que] estavam se encontrando com cristãos que acabavam de sair de séculos de trevas religiosas, e estavam redescobrindo a Bíblia que havia sido sua própria força e luz constante por séculos.
LUX LUXET IN TENEBRIS "A LUZ BRILHA NA ESCURIDÃO"
Os [dois] valdenses e os reformadores se cumprimentaram com grande alegria.
Esses dois Barbas foram presos a caminho de volta a suas casas. Um deles foi queimado vivo na cidade de Dijon. A punição cotidiana naqueles dias. O julgamento da igreja romana sobre todos os que se recusaram a reconhecer ou obedecer ao papa.
Em 1532, 12 de setembro, dois anos depois, houve uma reunião histórica na pequena cidade de Chanforan, no vale de Angrogna. Isto veio a ser conhecido como o Sínodo de Chanforan.
Os valdenses abraçaram os irmãos e irmãs em Cristo que acabavam de sair das trevas religiosas que os havia governado [e oprimido a chamada cristandade] por séculos. E os reformadores abraçaram um povo que conheceu e creu no verdadeiro evangelho desde o início [desde o século 1, ininterruptamente].
Você foi informado de que a Igreja Romana foi a primeira e única igreja cristã. Isso não é verdade. Os valdenses ouviram [tiveram, creram e pregaram basicamente] o puro evangelho desde o primeiro século.
Os valdenses se recusaram a obedecer a ninguém a não ser a Cristo.. Eles não reconheceram nenhuma autoridade além da Bíblia. Os reformadores foram e abraçaram um povo que conheceu e acreditou no verdadeiro evangelho desde o início [desde o século 1, ininterruptamente].
Este artigo está em dívida com o trabalho de "O JOVEM REFORMADOR"
Publicado pela ALIANÇA PROTESTANTE. Editado pelo Dr. Stephen J. Scott-Person, Publicações da Aliança, 77 Ampthill Road, Filtwick, Bedford, MK45IBD
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O que se segue foi extraído de http://www.waldensian.info/History.htm e traduzido por Hélio:
Contato com a Reforma
A primeira evidência de contato com a Reforma aparece por volta de 1523. Alguns dos pregadores, então chamados de barbas nos Alpes e Provença, se perguntaram se a transmissão de suas crenças ao longo dos séculos, sua adesão à mensagem da Bíblia, ainda era precisa. As primeiras investigações revelaram diferenças substanciais em questões fundamentais como as ideias calvinistas de predestinação, o papel dos pregadores ou ministros e a clandestinidade.
[a] Os Pobres [i.e, não o valdenses dos séculos 1 a 12, mas os valdenses de depois de Pedro Waldo] sempre sentiram que as obras eram parte essencial de viver o evangelho, mas a predestinação [isto é, a Reforma de Calvino] rejeitou o valor das obras.
[b] A Reforma tinha ministros que se casavam, se estabeleciam e possuíam terras, em contraste com o valor original [que se dava] e ainda era mantido entre os Pobres de ter os pregadores permanecendo solteiros e sem terras. Isso permitia aos pregadores dedicar todo o seu tempo e energia ao seu ministério itinerante.
[c] E os reformadores ficaram chocados com o que consideraram a hipocrisia dos pobres em manter sua adoração [falamos das mulheres e crianças, mas não dos missionários, os barbas?] escondida das autoridades, a fim de evitar a perseguição, tanto quanto possível. Como eles poderiam ser "a luz do mundo" se permanecessem clandestinos? [N.Trad.:Bem, talvez isso seja uma certa hipocrisia da parte de alguns dos reformados, pois pode ser que alguns batistas, reformados ou pentecostais tenham a coragem de adorar a Cristo abertamente na praça principal de uma cidade do Irã e da Arábia Saudita em que trabalham como engenheiros ou médicos, mas nem todos levam suas esposas e filhinhos para o grande risco de serem mortos.]
Em 1532, um sínodo de barbas decidiu aderir à Reforma, embora a decisão não tenha sido unânime. Dois barbas até viajaram para a Boêmia na esperança de obter apoio daquele ramo dos Pobres para resistir à mudança, mas seu esforço não teve efeito sobre a decisão.
Mudança
A decisão formal, no entanto, não resultou em adesão imediata à Reforma no dia a dia da vida. Não até 1555-1560, a evidência da Reforma aparece nas vidas pessoais dos Pobres. Em essência, toda uma geração [cerca de 25 a 30 anos] passou antes que a mudança começasse a ser amplamente evidente na prática.
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O que se segue foi extraído de https://www..foresteriatorre.org/en/history-of-the-waldensian-church/ e traduzido por Hélio:
Depois de Waldo ser excomungado pela igreja romana [em 1184 e, por nome, o movimento valdense ser declarado heresia de perdição em 1215], o movimento foi gravemente quebrado [desapareceu de vistas e minguou em tamanho] e entrou em clandestinidade por mais de três séculos.
Períodos de paz se alternavam com a repressão dos [duques e reis da família] Savoy e com a Inquisição [Católica] nos vales valdenses ao longo dos [terríveis na França e Norte da Itália] anos 1600. Em 1685, a revogação do Edito de Nantes negou aos [franceses] huguenotes [apelido dado pelos assassinos católicos a todos os tipos de crentes na França] o direito de existir. [O Novo Conselho De Propagação da Fé e Extermínio das Heresias [e Hereges], católico, pressionou e] a família Savoy, aliada de Luís XIV, forçou os valdenses a escolher entre [a] a abjuração [da fé, virando católicos], ou [b] a morte [dolorosíssima], ou [c] o exílio [dentro de 3 dias saírem do país, todos seus bens sendo confiscados].
[Leia parte do decreto, reproduzido no Livro dos Mártires, de Fox: "Que todos os chefes de uma família, com os indivíduos daquela família, da religião reformada, de qualquer fileira [hierárquica], grau ou condição, seja qual for, nenhum deles exceto os que habitarem e possuírem propriedades em Lucerna, São Giovanni, Bibiana, Campiglione, St. Secondo, Lucernetta, La Torre, Fenile e Bricherassio, devem, no prazo de três dias após a publicação da mesma [ordem de expulsão], retirar-se e partir, ou ser arrancado para fora dos referidos locais e transferidos à força para os lugares e limites tolerados por sua alteza durante seu prazer; particularmente para Bobbio, Angrogne, Vilario, Rorata e o condado de Bonetti. E tudo isso será feito sob pena de morte e confisco de casa e bens, a menos que, dentro do tempo limitado [3 dias], eles se tornem católicos romanos. "]
Muitos valdenses foram presos [e mortos] no Piemonte [N.Trad.: provavelmente os mais fiéis aos princípios da Bíblia], enquanto outros escolheram o exílio [N.Trad.: provavelmente os zelosos que se agarravam às suas tradições, mas não tanto à Bíblia]. Apenas três anos depois, as condições internacionais mudaram e cerca de 900 homens conseguiram retornar às suas terras. O episódio é conhecido pelo nome de "O Glorioso Retorno."
Por 150 anos [1639 a 1789?], os valdenses viveriam encerrados em seus vales, sufocados por uma série de decretos reunidos em um edital de 1730. Somente a Revolução Francesa e Napoleão representaram um pequeno parêntese que terminou em 1814, quando, após a queda de Napoleão, a reintegração monárquica e católica também retornou ao Piemonte. Os valdenses tiveram que esperar que o decreto emitido por Carlo Alberto em 17 de fevereiro de 1848 os tornasse cidadãos livres com plena liberdade civil. Depois de 1848, o compromisso cultural e social [dominou e se tornou] no [grande] foco da Igreja Valdense. Muitas instituições que foram formadas em 1800 (escolas, hospitais, casas de repouso e centros culturais [folclóricos]) foram ampliadas e modernizadas. Hoje, em toda a Itália, existem instituições culturais, sociais e de caridade, com fortes raízes nos territórios onde operam.
Hoje, aproximadamente 30.000 italianos pertencem às igrejas Valdense e Metodista; destes, aproximadamente 15.000 residem no Piemonte. A organização é sinódica. Cada comunidade é dirigida por um conselho eleito pela assembleia dos fiéis e a Igreja, como um todo, é dirigida pelo Sínodo. O ministério da igreja (pastores e diáconos) é aberto a homens e mulheres, sejam eles casados ou não. Os valdenses sempre buscaram o diálogo ECUMÊNICO com as outras confissões e são membros de organizações ECUMÊNICAS nacionais e internacionais. Os valdenses sustentam a separação da igreja do estado e rejeitam políticas baseadas em uma concordata [contrato de vantagens de cooperação e interdependência igreja-estado]. As relações com o estado são reguladas por acordos estipulados em 1984, que não sancionam privilégios para a igreja. Os valdenses cobrem suas despesas religiosas com as doações de seus membros. A dedução de imposto de renda de 0,8% atribuída às Igrejas Valdenses é destinada exclusivamente a projetos beneficentes ou culturais [folclóricos] e a projetos de apoio [sócio- econômico] em países do hemisfério sul do mundo.
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Opinião do Tradutor: Bem pode ser que, cada vez mais, muitos dos valdenses de depois das perseguições da Inquisição católica de depois dos século 14 e que levaram ao possível extermínio total dos mais fiéis valdenses, restando apenas um punhado que preferiu emigrar ou virar católico, agora possam dizer, caso se comparem honestamente com os valdenses dos séculos 1 a 13:
"Somos anões, apoiados sobre os ombros de gigantes"
Honremos e sigamos muitos dos passos dos primeiros, e oremos rogando que não nos tornemos como os últimos deles, os que estamos vendo.
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Traduzido por Hélio, jul.2019. Adicionei explicações entre colchetes [], e realces em amarelo.