Publicado em “O Estandarte: Boletim Informativo da Missão de Fé Batista da Promessa”, de 13 a 19 de Janeiro de 2020. Ano 3. Edição 1. Número 61.
Texto-bíblico: “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas” (Ap. 17.1)
Leitura bíblica em classe: Ap. 17.
Hinos do Cantor Cristão: 112. Vencendo vem Jesus | 475. Lutar | 479. Vou à Pátria.
A. UMA SÓ RELIGIÃO MUNDIAL.
TENDO o propósito de desviar os homens da verdade, quando o Anti-Cristo estabelecer o governo mundial, depois de um processo político repleto de engano (Dan. 11.21), ele se levantará a partir da confederação de países europeus, tendo como sede do governo a “cidade rodeada por sete colinas” (Ap. 15.9,18), referência a Roma, que será capital do império romano ressurgido, chamado de “Grande Babilônia” (Ap. 14.8; 18.3). Junto com o Anti-Cristo, o falso profeta se levantará como um líder religioso que organizará a religião mundial de adoração ao Anti-Cristo; os primeiros três anos e meio serão de falsa paz mundial; isso ajudará as pessoas da época a aceitarem o Anti-Cristo e sua marca (Ap. 13.11-18), inclusive os que ficarem no arrebatamento (Ap. 17.1-6), os quais se dobrarão ao engano do Falso Profeta e ajudarão no estabelecimento da religião única mundial. As Escrituras mencionam as principais características desta religião mundial de adoração ao Anti-Cristo:
1) Negará Deus (2Tim. 3.4-5);
2) Negará Cristo (1Jo. 2.18; 4.3);
3) Negará a Fé (1Tim. 4.1-2; Jd 3);
4) Negará a volta de Cristo (2Ped. 3.3-4);
5) Negará a doutrina verdadeira (2Tim. 4.3-4);
6) Negará princípios morais (2Tim. 3.1-8,13; Jd 18);
7) Negará a autoridade (2Tim. 3.4);[1]
Acima, vemos quais são as principais características que evidenciarão a natureza de mentira desta religião mundial. Ela será organizada no hiato deixado pela igreja arrebatada. Todas as religiões mundiais estabelecidas se unirão ao Falso Profeta a serviço do Anti-Cristo; o relativismo[2] será um forte aliado para este tempo.
B. A GRANDE BABILÔNIA.
1. Origens de Babel/Babilônia. Babel foi fundada por volta do ano 3.000 a.C. por Ninrode (Gên. 10.9,10), que foi o seu primeiro rei; o nome de seu pai era Cão, amaldiçoado por ver a nudez de Noé, seu pai (Gên. 9.24-29). Em Gên. 11.1-9 lemos a primeira tentativa de se chegar aos céus por esforços próprios. Deus havia ordenado aos homens que se espalhassem pela terra e a sujeitassem (Gên. 9.1); em desobediência a Deus, resolveram levantar uma torre que chegasse ao céu, e não se espalhassem sobre a face da terra; assim, Deus confundiu as línguas e foi por isso que a torre ficou conhecida como Torre de Babel – torre da confusão. De Babel vem a Babilônia, uma religião completamente entregue à idolatria (Jer. 7.18; 44.18; Ez. 8.14). Nas Escrituras, a Babilônia sempre será mencionada como fonte de confusão, de prostituição espiritual, desolação e idolatria e cultos a demônios (Lev. 17.7; 20.6; Ez. 16.17,20).
2. Ascensão e queda da Babilônia. Por volta do ano 800 a.C., a Babilônia se tornou um império mundial, após dominar a Assíria; sob Nabucodonosor, tornou-se a maior cidade em todo o mundo de seu tempo (Dan. 1.5); Daniel profetizou a queda da Babilônia pelos medos e persas, que ocorreu por volta de 600 a.C. (cf. Dan. 5.28,30-31).
3. A Babilônia Religiosa. O livro de Apocalipse foi escrito por volta do ano 96 d.C.; neste livro está profetizada a queda da Babilônia; certamente, não se está falando da queda da Babilônia de 600 a.C, mas na queda da Babilônia religiosa, que consiste na cultura pagã, demoníaca e idólatra; na grande tribulação, a falsa religião levará os homens à adoração pagã e à rebeldia contra Deus, que aceitarão a marca da besta (Ap. 13.18).
Uma sociedade religiosa idólatra será estabelecida pelo Falso Profeta, que guiará os homens a adorar ao Anti-Cristo, e é representada pela prostituta (Ap. 17.1,5, 15,16), sendo que a prostituição é idolatria (Ap. 2.14); a grande prostituta está estabelecida sobre o poder político do Anti-Cristo (Ap. 17.4), e o Anti-Cristo é representado pela besta cor de escarlata (Ap. 17.3); tal sociedade religiosa será muito rica (Ap. 17.4) e na sua testa estava escrito “Mistério”; é interessante notar que a verdadeira igreja de Jesus Cristo também foi chamada de “mistério” (Ef. 3.3-6); assim, estamos falando de uma igreja, a falsa igreja fundada pelo Anti-Cristo e proclamada pelo Falso Profeta.
4. Significado e juízo contra Babilônia. Então, o anjo fala a João o significado deste “Mistério”: (v. 8) a besta é um rei (Anti-Cristo); (v. 9) as sete cabeças da besta são sete montes sobre os quais a mulher está assentada – cidade de Roma; (v. 10,12) os dez chifres, são dez reis de dez nações que se unirão a pelejar contra Cristo na batalha do Armagedom (v. 16.17); dentre os dez chifres, um é o Anti-Cristo (Dan. 7.23,24); (v. 15) as águas, são povos, que estarão unidos à prostituta em idolatria e em sua religião demoníaca; entretanto, essas dez nações se levantarão e destruirão a mulher, que é a cidade de Roma e a destruirão (v. 16-18). A destruição é primeiramente anunciada (Ap. 18.1-3) pelo anjo do Senhor e em seguida executada pelos reis confederados. A razão do juízo foi dada: Deus está trazendo seu justo (Ap. 18.4-8): 1) Deus lembrou-se da iniquidade (v. 5); 2) Deus retribuiu em dobro (v. 6); 3) Deus destruiu suas riquezas (v.7,8); assim, toda a terra se lamentará sobre Roma (v. 9-19); mas nos céus, haverá júbilo, pois a causa dos santos e o sangue inocente foram vingados (v. 20-24). Por fim, a cidade será lançada ao esquecimento (v. 21-24). Assim, a Babilônia cairá para sempre!
QUESTIONÁRIO
1. Segundo as Escrituras, qual cidade será o centro religioso e político da grande Babilônia?
2. Cite as principais características da religião mundial do Anti-Cristo.
3. Em que consiste a Babilônia Religiosa? Explique.
4. Qual a Babilônia mencionada no Apocalipse? Explique.
5. Por qual meio e quais são os motivos da destruição da Babilônia Religiosa? Explique.
Notas:
[1] LAHAY, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2011. p. 162.
[2] Relativismo afirma que não existe ou não é possível conhecer a verdade; toda verdade é relativa; é apenas um ponto de vista. Ocorre que o relativismo é autodestrutivo, pois: 1) nega que é possível conhecer a verdade enquanto afirma que chegou a compreender que é verdade que não se pode conhecer a verdade. 2) para que o relativismo seja verdadeiro, deverá ser, paradoxalmente, absoluto.