Pr. Ícaro Alencar de Oliveira
Texto bíblico: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1Tes. 4.17)
Leitura bíblica em classe: 1Cor. 15.50-58; 1Tes. 4.13-18.
Hinos sugeridos do Cantor Cristão: 108. Chamada Final | 111. Não Tardará| 112. Vencendo Vem Jesus.
A. Introdução.
A VOLTA de Jesus Cristo e a Eternidade ao Seu lado é motivo de grande alegria para os crentes. Todas as tribulações que enfrentamos, enfrentamo-las confiadamente “Por causa da esperança que vos está reservada nos céus” (Col. 1.5), enquanto aguardamos pacientemente a volta de Cristo (At. 1.11).
B. A natureza da igreja demonstra que ela não tem o mesmo fim que Israel.
Israel passará pela grande tribulação para ser restaurado, salvo, e adentrar ao reino (Rom. 11.25-32; Ap. 20.1-6). A igreja, por sua vez, tem promessa de que será livrada da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo (Ap. 3.10), que é a ira futura (ITes. 1.10; 5.9).
Os judeus e gentios fora do corpo de Cristo (i.e. da igreja) passarão pela grande tribulação para que o propósito escatológico de Deus seja cumprido em ambos os povos; já a igreja fiel recebeu a seguinte promessa da parte de Cristo: “Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos; o qual nos livrou de tão grande morte e livra; em quem esperamos que também nos livrará ainda” (IICor. 1.9,10); ainda diz mais: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap. 3.10); o fim escatológico da igreja é o arrebatamento, evento que ocorre inesperadamente (ICor. 15.51-54; ITes. 4.13-18).
C. A ausência da Igreja em Apocalipse 4 ao 19 indica a ausência da Igreja na Grande Tribulação.
Em Apocalipse 1 a 3 o termo “igreja” aparece dezoito vezes. No capítulo 4 João é arrebatado (v.2) e como um expectador privilegiado, vê a ira de Deus sendo derramada sobre a terra, dos capítulos 4 ao 19, mencionando apenas Israel e os gentios, mas nunca a igreja na terra (Ap. 4.4; 11.16), até o capítulo 19.1-10 e em 22.16. O arrebatamento de João pode ser considerado como indício de nossa transladação antes da tribulação;[a] isso está de acordo a promessa de um lugar preparado por Cristo (Jo. 14.1-3) e da promessa de livramento do tempo da ira futura (ITes. 1.10; 5:9), quando nos reuniremos iminentemente com ele (ICor. 15.51-54; ITes. 4.16,17; IITes. 2.1).
D. A Natureza da Grande Tribulação em nada diz respeito à Igreja.
O fim escatológico de Israel é a grande tribulação, para que estes sejam restaurados e assim, ambos os povos, a Igreja e Israel, reinem com Cristo ao final da septuagésima semana (ICor. 6:9,10; 15:50; Gál. 5:21; Ef. 5:5; ITes. 2:12; IITes. 1:5; IITim. 2:12; 4:1,18; Heb. 12:28; Tg. 2:5; IIPed. 1:11; Ap. 5:10). Quanto à septuagésima semana, lemos em Daniel: “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo [Israel] e sobre a tua santa cidade [Jerusalém]” (Dan. 9:24). Visto que a igreja é um mistério oculto desde todos os séculos, nenhuma profecia do AT concernente a Israel passando pelo período tribulacional tem aplicação para a igreja[b]. Logo, não há razões nem propósitos para uma suposta permanência da Igreja na Grande Tribulação.
E. Conclusão.
Cristo trouxe alento aos seus discípulos ao dizer-lhes: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (Jo. 14.1-3).
O nosso salvador prometeu-nos um fim escatológico em que não teríamos de passar pela grande tribulação, mas nós, a Igreja, temos em nós, esta certeza da parte de Deus: “E esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (ITes. 1.10). À igreja de Filadélfia, e por extensão, a igreja fiel, seremos transladados pois fiel é o que ,prometeu dizendo: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” (Ap. 3.10).
Paulo, em sua esperança pré-tribulacional, disse: “Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino” (IITim. 4.1), tinha esperança de que “se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará” (IITim. 2.12); Paulo, que fazia parte da igreja, afirmou esta mesma esperança que há em nosso coração hoje: “E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém” (IITim. 4.18). Tal esperança de livramento e transladação antes da tribulação é que tem nutrido o coração de cada membro da igreja de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, por isso clamamos: “Maranata! [Vem, Senhor!]” (ICor. 16.23b).
QUESTIONÁRIO
1. Qual o fim escatológico para a Igreja, Israel e os Gentios? Explique.
2. A Igreja passará pela Grande Tribulação? Quais as evidências bíblicas?
3. A Ausência da Igreja de Ap. 4 a 19 revela o quê? Explique.
4. A Grande Tribulação está relacionada a qual profecia do VT? Explique sua relação com Israel.
5. Qual a importância de atentarmos para as profecias acerca do Arrebatamento da Igreja? Explique.
Notas:
[a] WALVOORD, John F. Todas as Profecias da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 2000. p. 472-476.
[b] PENTECOST, J. Dwight. Ibid. p. 219; LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 81-89.