ECLESIOLOGIA BATISTA DA PROMESSA
Por Ícaro Alencar de Oliveira
“A mais elevada posição que um ministro Batista pode ocupar é ser o servo de todos.”
W. A. JARREL (1849-1927), historiador, em Baptist Church Perpetuity [A Perpetuidade da Igreja Batista).
Introdução
A Eclesiologia é a disciplina que estuda a Doutrina e Prática da Igreja, mediante as Escrituras; é “a Teologia da Igreja”;[1] portanto, faz-se necessário observarmos o que dizem as Escrituras quanto à Igreja, sua natureza, ordenanças, missão, práticas e liturgias, a fim de que sejamos capazes de nos entendermos como membros dela própria, partícipes deste organismo funcional, bem como, lidarmos com noções distintas daquelas que os Batistas afirmam principalmente àquelas defendidas pelos Católicos Romanos e Reformados.
I. A NATUREZA, ASPECTOS E FUNDAÇÃO DA IGREJA.
a. Etimologia e suas Implicações; a Fundação da Igreja.Na tradução do AT hebraico para o grego, chamada de septuaginta (LXX), feita após o NT grego ter sido compilado e circulado entre os cristãos primitivos, ainda no séc. II, o termo קהל (hb.qahal; encontro; congregação; reunião pública; multidão) foi traduzido como εκκλησία (gr. ekklesia; reunião; ajuntamento; chamados para fora; assembleia política, social ou religiosa), o termo que os hagiógrafos neotestamentários utilizaram para se referir à igreja de Jesus Cristo foi também utilizado para se referir especificamente às assembleias do povo de Israel, às suas reuniões públicas, como podemos ver em Jz 20:2, da LXX.[2] O termo ekklesia foi utilizado pelos hagiógrafos neotestamentários para referir-se de modo geral aos cristãos de uma determinada cidade, os quais eram membros das várias igrejas locais dali (cf. At 11:22; 13:1) e também à uma igreja local específica (cf. Rm 16:5; ICo 14:19,35).
Ekklesia diz respeito ao ajuntamento dos participantes da Nova Aliança em Cristo Jesus (Rm 9:5), que formam um só corpo (Rm 12:5; ICo 12:13), que estão sendo edificados como edifício e templo (ICo 3:11-17; Ef 2:20,22; 4:12,16). O termo πανήγυρις (gr. panégyris; reunião; assembleia solene) que ocorre apenas em Hb 12:23[3], e refere-se imediatamente à assembleia de todos os salvos, do Pentecostes ao Arrebatamento, embora o termo panégyris possa fazer algum tipo de apontamento aos salvos reunidos na Nova Jerusalém (Ap 21 e 22); assim como a igreja foi fundada repentinamente no dia de Pentecostes, a sua edificação será finalizada repentinamente no arrebatamento (At 2; ITs 4:13-17), evento que consiste apenas na primeira fase da segunda vinda de Cristo, um dogma Dispensacionalista que chamamos de abordagem apotelesmática, segundo a qual, há um “cumprimento completo de parte da promessa” (grifo do autor), fazendo uma contraposição à Teologia da Aliança que afirma a abordagem dialética, também chamada de abordagem “já, mas ainda não”, a qual afirma um “cumprimento parcial da promessa completa”.[4] Esta mesma teologia errônea supracitada afirma o substitucionismo, uma espécie de Teologia Antissemita.
b. Os componentes da Igreja.A igreja é composta pelo Povo de Deus, judeus e gentios, vivendo unidos como recipientes das bênçãos da Aliança Abraâmica e da Nova Aliança (Gn 12:1ss.; Gl 3:28; Cl 3:11; Tt 2:14), eis a razão dos Batistas serem Neotestamentários. Todos os membros da igreja fazem parte do Reino de Deus, mas nem todos os membros do Reino de Deus fazem parte da igreja; isso ocorre porque, embora a igreja esteja “pregando o Reino de Deus”(At 28:32, ACF), ela não é o Reino de Deus; não se pode confundir o mensageiro com a mensagem.
A Igreja esta inserida no Reino de Deus, mas não é o Reino de Deus; ela não vive a realidade do Reino Messiânico do qual falaram os Santos Profetas veterotestamentários; assim, a igreja não substituiu o Israel nacional, pois assim disse São Paulo: “Digo, pois: Porventura rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (Rm 11:1); Paulo, ao falar do endurecimento dos judeus, na atual οἰκονομία (gr. oikonomia, dispensação, economia) da Graça, afirma ser endurecimento temporário (Rm 11:23-29), apenas durante o “tempo dos gentios” (Lc 21:24). Com o arrebatamento, Israel será restaurado e virá à Fé em Cristo mediante a pregação do Evangelho do Reino. Atualmente, os membros da igreja são todos μαθητής (gr. mathetes, aprendiz, pupilo, aluno), i.e., discípulos (Jo 8:31; 13:35; 15:8), cristãos (At 11:26; IPe 4:14,15), Família de Deus (Gl 6:10); Coluna e Firmeza da Verdade (ITm 3:15).
c. Aspectos da Igreja.A igreja é um organismo vivo,i.e., um corpo. Todas as vezes que São Paulo fala sobre o funcionamento da igreja, faz uso da figura do corpo, para explicar a unidade na diversidade (cf. Rm. 12.3-8; 1Co 12; Ef. 4.7-16).
i. Sentido Universal. Refere-se ao ajuntamento dos salvos da igreja (singular) que, pela Nova Aliança, são acrescentados ao Reino de Deus, i.e., diz respeito ao fato de, a igreja generalizadamente falando, ser uma assembleia, consistir num templo e formar um só corpo, do qual fazem parte os salvos do Pentecostes ao Arrebatamento, e estes se juntam aos demais salvos de todas as demais épocas, a saber, os demais cidadãos do reino de Deus (Ef 3:10,21; Hb 12:22,23): os salvos do AT até antes do Pentecostes e os salvos depois do Arrebatamento até ao Milênio.
O ensino bíblico é totalmente diferente do erro de Agostinho de Hipona (354-430), o qual afirma a suposta Igreja Católica Visível, afirmada por ele a fim de manter o poder temporal da igreja e do bispo de Roma sobre outras igrejas locais; as Escrituras também combatem o erro de Martinho Lutero (1483-1546), o qual afirma a suposta Igreja Católica Invisível, afirmada por ele a fim de providenciar uma resposta para seu movimento Reformador e das Igrejas Católicas Protestantes que daquele movimento se originaram, como a Presbiteriana e a Anglicana, por exemplo. É importante lembrar que os Anabatistas foram perseguidos tanto por Católicos Romanos como Católicos Reformados (como se considerava Martinho Lutero), por afirmarem a existência de tão somente igrejas locais.
ii. Sentido Local. A igreja local é a maneira mais próxima que o Reino de Deus se manifesta a nós e se expressa; por meio dela, trabalhamos para o avançar do Reino. A igreja é a agência do Reino; a igreja visível, a reunião de Cristãos que se conhecem e se auxiliam e trabalham em amor para o crescimento mútuo; isso é o que São Paulo intenta fazer os irmãos em Corinto entenderem (ICo 12 a 14). As igrejas (plural) são crentes reunidos, batizados biblicamente (em tempos terem suas próprias de consciências), participantes da Comunhão, e igrejas que são independentes umas das outras e que são co-irmãs (Rm 16:4; ICo 7:17).
De um olhar mais escatológico, podemos chegar à conclusão de que a igreja, a assembleia dos salvos também será apenas local, quando todas as igrejas locais se encontrarem e formarem uma só igreja local na Jerusalém Celestial, como lemos: “Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12:22,23). A ideia Católica, tanto a Romana quanto a Reformada é errônea diante de um exame acurado e sincero das Escrituras (At 5:11; 8:1; ICo 1:2; 4:17; IICo 1:1; Cl 4:15; ITs 1:1; Ap 1:4,11).
II. AS ORDENANÇAS DA IGREJA.
Antes de ser assunto aos céus, Jesus Cristo entregou aos participantes da Nova Aliança, que formariam a Sua igreja, duas ordenanças: o Batismo e a Ceia do Senhor; tanto os Batistas quanto os principais grupos de Católicos Reformados observam apenas estes dois ritos, embora para o segundo grupo, os ritos sejam sacramentos e para os primeiros, apenas ordenanças.
Não pouca controvérsia tem sido suscitada; as diferenças de compreensão vão desde a quantidade de ordenanças, como os Católicos Romanos e a maioria dos Luteranos, que afirmam sete sacramentos (batismo, crisma, eucaristia, penitência, extrema-unção, ordem e matrimônio) de um lado, até teólogos que ensinaram a inexistência de quaisquer ordenanças, como o pai do ultra-dispensacionalismo, E. W. Bullinger (1837-1913), de outro[5]. Outra grande diferença de perspectivas, diz respeito a se tais ritos são ordenança ou sacramento.
O ensino das Escrituras quanto ao número é de apenas dois: Batismo e Ceia. Quanto à possibilidade de comunicar graça, sabemos que não são sacramentos, i.e., não comunicam graça, não são meios de graça. A Ceia, disse o Senhor Jesus Cristo, é para ser celebrada “em memória de mim” (ICo 11:24). Quanto ao batismo, a ordem é arrepender-se e ser batizado, nunca o inverso (Mt 28:29-20; Mc 16:16; At 2:38). De acordo com o que encontramos na Apostila do Aluno SETEBAN-RO/AC,
O batismo nas águas marca o ingresso na vida cristã, e simboliza o começo da vida espiritual. A ceia do Senhor celebra [a] comunhão e significa a continuação da vida espiritual. O batismo sugere a fé em Cristo; a ceia sugere a comunhão com Cristo. O primeiro é administrado somente uma vez, porque pode haver apenas um começo da vida espiritual; o segundo é administrado frequentemente, ensinando que a vida espiritual deve ser alimentada.[6]
Diante de tais verdades tão fundamentais, nós Batistas, precisamos atender e humildemente, como servos de Jesus Cristo, obedecermos a ambas as ordenanças da maneira como Cristo no-las ensinou em Sua Palavra, sem aumentar nem diminuir, mas obedecê-las estritamente segundo as Escrituras.a. Batismo. O termo batismo vem do grego βαπτίζω (gr. baptidzo; imergir; submergir; mergulhar). Do próprio ponto de vista etimológico, o batismo bíblico é apenas aquele administrado ao candidato consciente, capaz de exercer fé, após arrependimento, submergindo-o em água, no nome da Santíssima Trindade (Mt 28:19), conforme lemos nas Escrituras inúmeras vezes: João Batista batizava no rio Jordão (Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Lc 3:21-22; Jo 1:32-34); após ser batizado “Jesus saiu logo da água”(v.16), portanto, foi mergulhado, submerso, como o termo “batismo” informa; para dar-nos exemplo, Jesus tinha cerca de trinta anos quando foi batizado (Lc 3:23).
Quando a Igreja foi publicamente iniciada no dia de Pentecostes, após o sermão de São Pedro, os quase três mil convertidos que se arrependeram, foram batizados (At 2:41); o eunuco etíope que se converteu, também foi batizado, i.e., mergulhado, como lemos em At 8:35-39, salientando: “chegaram ao pé de alguma água” (v. 36); “desceram ambos à água [...] e o batizou”. Em Atos 9:18, São Paulo também foi submergido. Em At 16:30-34, o carcereiro e toda a sua família eram adultos, capazes de exercer fé, por tal motivo, foram batizados, pois antes de serem batizados, lemos “E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa” (v.32); portanto, apenas aquele que já foi batizado no corpo, quando recebeu o dom do Espírito (ICo 12:12,13) pode ser batizado; é necessário nascer de novo antes de ser batizado, nesta ordem: “quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16:16).
Os discípulos de João Batista foram também submergidos, e como desceu sobre eles o dom do Espírito, isto foi por sinal aos crentes de que, assim como os gentios foram acrescentados à igreja, os discípulos de João Batista também o foram. De acordo com São Paulo, em Cl 2:12, os crentes são “sepultados com ele [Cristo] no batismo”, portanto, somos imersos, mergulhados na Sua morte da mesma maneira como seremos imersos na realidade da Sua ressurreição, que será cumprida quando ocorrer a glorificação (ou redenção) dos nossos corpos (Rm 8:23; ICo 15:51-54).
Para defender a verdade bíblica do credobatismo imersionista, muitos Anabatistas foram perseguidos, padecendo sob Católicos Romanos e Reformados, para permanecerem fieis às Escrituras. Vernon C. Lyons afirmou que
Também é evidente que os Batistas não eram Protestantes porque foram perseguidos severamente pelos Reformadores Protestantes e seus seguidores. Milhares não contados perderam seus bens, suas terras e suas vidas nestas perseguições. Konrad Grebel morreu na prisão em 1526. Felix Manz foi afogado pelas autoridades em Zurique em 1527. O notável líder Batista Balthauser Hubmaier foi queimado vivo em Viena no dia 10 de março de 1528. Três dias depois, sua esposa morreu afogada, lançada que foi da ponte sobre o Rio Danúbio com uma pedra amarrada ao pescoço. Os fatos afirmam abundantemente a evidência de que historicamente os Batistas não são Protestantes[7].
Portanto, cabe aos Batistas permanecerem fieis ao Ensino das Escrituras, cumprindo a ordem do Senhor Jesus Cristo: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28:19), na ordem correta. Em nosso meio, todo e qualquer discípulo que deseje tornar-se um Batista da Promessa e fora batizado na infância, não se reconhecerá tal batismo, mas o tal será rebatizado, desta feita, do modo bíblico, pois as Escrituras afirmam que há “um só batismo” (Ef 4:5), e certamente o pedobatismo por aspersão não é imersão; semelhantemente, o batismo por aspersão (água aspergida sobre o batizando) ou por efusão (água derramada sobre o batizando) não passa pelo crivo das Escrituras Sagradas (Rm 6:1-14; At 2:41; 8:36,38). De acordo com as Escrituras, Jesus não batizou ninguém (Jo 4:1-2), antes, Ele deixou esta incumbência para os seus discípulos; portanto, como discípulos, temos de cumprir esta ordem expressa de Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 28:19; Mc 16:16).
Os apóstolos batizaram os quase três mil convertidos do Pentecostes (At 2:41); Felipe, diácono da igreja (At 6:5), batizava (At 8:12,38); Ananias batizou Paulo (At 9:18); Paulo e seus companheiros batizaram na casa de Cornélio (At 10:48; 16:33), e é bastante provável que os companheiros de Paulo também batizaram em Éfeso (At 19:5). O pastor da igreja local, portanto, como servo da igreja, é aquele “que realiza o ato determinado pela igreja”[8]. Portanto, devemos obedecer estritamente as Escrituras, atentando nós, a igreja, como “coluna e firmeza da verdade” (1Tm 3.15), a quem ela concede as águas do batismo e semelhantemente, necessita zelosamente escolher quem realiza este ato, no caso, o pastor da igreja.
b. Ceia do Senhor. A segunda ordenança é a Comunhão, a Ceia do Senhor; enquanto o batismo simboliza o início da vida cristã, a ceia é a continuação desta vida. A Ceia é esta solene participação do pão e do vinho. Os elementos desta ordenança são o Pão, que é o corpo do Senhor e o Cálice, que é o Seu sangue. Segundo os Católicos Romanos e os Católicos Reformados, esta ordenança é sacramento, e transmite graça àquele que comunga. Entretanto, as Escrituras ensinam que esta ordenança é para ser feita “em memória de mim [Cristo]”(Lc 22:19; ICo 11:24).
Segundo os Católicos Romanos, a hóstia torna-se o corpo de Cristo nas mãos do sacerdote e o cálice torna-se o sangue; a este conceito dá-se o nome de transubstanciação, por meio de uma interpretação errônea de João 6:53-58; entretanto, lemos nas Escrituras que a ceia é também chamada de mesa do Senhor (ICo 10:21); portanto, ao partirmos o pão, estamos participando da Comunhão do corpo simbolizado pelo pão partido (ICo 10:16-17); isto não significa que Deus veja a necessidade de realizar milagre e que as substâncias envolvidas transformem-se noutra coisa que não aquilo que são.
Este ensino falso torna os adeptos da transubstanciação, culpáveis, pois lemos em Hebreus 6:6 que eles “de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério” se de fato o sacrifício de Cristo é repetido na eucaristia romanista; a estes, dizem as Escrituras que “é impossível que [...] sejam outra vez renovados para arrependimento” (Hb 6:4,6). Assim, “Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito” (IPe 3:18); as Escrituras nos ensinam que participamos do corpo e do sangue do Senhor em memória dele (não em transubstância ou consubstancia dele). Os erros da Consubstanciação (de Lutero) e da Graça Inerente (de Calvino) negam que o pão e o cálice transubstanciem-se; em contrapartida, afirmam que são sacramentos e transmitem graça ao que comunga; Lutero afirmava que de alguma maneira o pão e o cálice tornavam-se o corpo de Cristo; já Calvino afirmava que ao participar do rito, o comungante recebia “certa graça”.
A Ceia Expõe Verdades Bíblicas
Mas como vimos acima, ambas as ordenanças nos fazem recordar do Sacrifício de Cristo (pois é feita justamente para tal fim: “em memória” de Cristo), e as bênçãos que os salvos recebem não são por instrumentalidade dos elementos da ceia, mas diretamente de Deus, em quem estamos. A Ceia tem por fim expor os dois fundamentos do Evangelho:
1. A Encarnação do Verbo.“O Verbo se fez carne e habitou entre nós”(Jo 1:14); “Deus se manifestou em carne” (ITm 3:16).
e,
2. A Expiação; a maneira como tivemos entrada a esta Aliança, da Graça. “este cálice é o novo testamento no meu sangue” (ICo 11:25). “Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb 9:12,14).
Quem pode participar da Ceia do Senhor?
A Ceia do Senhor deve ser tomada em obediência, por aqueles que são participantes da Nova Aliança. Algumas posições concernentes à Ceia precisam de nossa atenção. Quanto aos que podem participar da Ceia temos basicamente três posições: 1) Ceia Livre; 2) Ceia Restrita e 3) Ceia Ultra-restrita.
A Ceia Livre é aquela em que, no ato do partir o pão, todos os presentes na assembleia local, sendo crentes em paz com sua igreja, podem participar livremente da Comunhão e do Partir do Pão numa congregação local Batista.
A Ceia Restrita é aquela em que somente outros batistas e certos grupos protestantes (reformados e evangelicais) podem participar, sem que a igreja local proíba a Comunhão.
A Ceia Ultra-restrita é aquela em que a celebração da Ceia é celebrada e dela participa exclusivamente os membros da igreja local.
Vejamos o que diz as Escrituras acerca da posição da igreja quanto a quem pode participar da ceia:
Paulo e seus companheiros tomaram a Ceia em Troas, mesmo não sendo eles membros daquela assembleia local (At 20:7), isso demonstra que a posição Ultra-restrita não está correta. Entretanto, as Escrituras também nos dizem: “Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais” (ICo 5:11), o mandamento apostólico restringe de alguma forma os participantes e são os membros da igreja quem não devem nem podem comer com este tipo de pessoa que se diz irmão; portanto, deve-se excluir da comunhão, e a tais não se pode dar o cálice.
Judas tomou indignamente a Ceia e foi justamente ali que Satanás entrou nele: “Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar. Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado. E, molhando o bocado, o deu a Judas Iscariotes, filho de Simão. E, após o bocado, entrou nele Satanás. Disse, pois, Jesus: O que fazes, faze-o depressa” (Jo 8:16,26,27).
Paulo alerta, dizendo: “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (ICo 11:27-32). Quanto alguém que não está em comunhão participa do corpo e do sangue do Senhor, este “indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Porque o que come e bebe indignamente come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor” (v. 27,29).
O exercício da disciplina da igreja é justamente o que as Escrituras ensinam sobre a igreja não conceder a ceia a quaisquer pessoas; isso favorece a posição Ceia Restrita, pois não podemos ter Comunhão com aquele “que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais; [...] Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo” (ICo 5:11,13).
A Frequência e o dia em que devemos Celebrar a Ceia do Senhor
Quanto à quantidade de vezes que devemos celebrar a Ceia do Senhor, as Escrituras não ensinam quantas vezes celebrar a Ceia por ano; lemos apenas Paulo esclarecendo-nos que “todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor até que venha” (ICo 11:26); portanto, até que Cristo venha, celebraremos a Ceia do Senhor. Ao mesmo tempo, lemos em Atos 2:7: “E no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de partir no dia seguinte, falava com eles; e prolongou a prática até à meia-noite”. O exemplo da igreja em Trôade é um princípio que os Batistas da Promessa aplicam; por tal razão nós celebramos a Ceia apenas no domingo, à noite.
III. AS REUNIÕES DA IGREJA.
A igreja reúne-se com o intuito de adorar ao Senhor, segundo é movida pelo Espírito Santo a fazê-lo. Paulo, escrevendo aos Coríntios disse: “Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação” (ICo 14:26); aos Efésios disse: “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5:19).
Aos Colossenses disse: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3:16); portanto, as orações, os cânticos a exposição das Escrituras eram os elementos presentes no culto cristão, além é claro da manifestação sobrenatural do Espírito por meio de discípulos capacitados com dons sobrenaturais conferidos a eles, como a profecia, o falar em língua e a interpretação de línguas, sempre obedecendo ao princípio regulador do culto, exposto por Paulo em ICo 14:26-40; tal principio regulador do culto é, em suma exposto ipsis litteris: “faça-se tudo decentemente e com ordem” (ICo 14:40).
A igreja primitiva reunia-se para estudar o AT e, na medida em que o NT ia se formando, também consideravam tais Escrituras como Palavra de Deus, de status canônico (IIPe 1:19-21; 3:15,16), e estudavam-na, copiavam-na para si mesmos e as epístolas eram enviadas para serem lidas em várias igrejas (Cl 4:16; ITs 5:27). Hinos e cânticos eram constantes; alguns hinos foram inclusive copiados por Paulo em suas Epístolas (Rm 11:33-36). Para os nossos dias, o princípio que os norteava não é diferente daquele que devemos semelhantemente seguir. A igreja reúne-se para cantar, orar, ouvir a exposição das Escrituras, exercendo os charismata, edificando a igreja.
IV. O GOVERNO DA IGREJA.
Segundo o Pastor Batista Nacional, Enéas Tognini, existem basicamente três tipos de Governo Eclesiástico: 1)Monárquico; 2)Oligárquico e 3)Democrático.
1) O governo Monárquico é aquele em que há uma autoridade nacional ou internacional sobre todas as igrejas; este governo é da Igreja Católica Romana, Ortodoxa Grega, Anglicana, Episcopal, Luterana e muitas Metodistas, além de algumas Pentecostais. As Escrituras são contrárias a esta forma de governo (Mt 23:8-12; Lc 22:24-26).
2) O governo Oligárquico é aquele em que há alguns oficiais que gerem os rumos das igrejas; acrescentam entre o Pastor e o Diácono, a pessoa do Presbítero, e estes exercem a supervisão de várias igrejas locais simultaneamente. Entretanto, as Escrituras advertem que nenhum pastor (pois Presbítero significa pastor, ancião ou bispo) pode exercer domínio sobre a herança de Deus (a igreja local) nem sobre outro pastor (Hb 13:7; IPe 5:2,3).
3) O governo Democrático ou Congregacional é aquele em que a igreja local se autogere, e cada membro da assembleia é igual; suas questões são resolvidas em assembleia, obedecendo à maioria simples em suas votações. De acordo com a Apostila do Aluno SETEBAN-RO/AC, “Democracia é a autoridade em sujeição”[9]. Assim, a assembleia é a autoridade, pois a assembleia é a tradução dos homens unidos pelo Espírito, o qual os guiará: “santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17:17). Em Mateus 18, vemos que os atos de ligar e desligar demonstram a democracia; os apóstolos eram iguais entre si (Mt. 20.25-28; 23.8-12).
Os Batistas são democráticos e foram justamente tais princípios de liberdades individuais e separação entre Igreja e Estado (não confundir isso com a defesa do Secularismo) que sempre os norteou quando fugiram da igreja estatal da Inglaterra [Igreja Anglicana], e fundaram os Estados Unidos sobre tão nobres e cristocêntricos princípios. Por tais motivos, toda e qualquer organização Batista que não seja apenas a igreja local, será uma Associação de indivíduos, mas jamais de Igrejas. Por tal motivo não temos A Igreja Batista do Brasil, nem Convenção ou Associação de Igrejas, apenas a assembleia de membros que são enviados pelas igrejas locais. Cada igreja é autônoma e a assembleia sempre decidirá seus interesses de forma democrática por meio do voto, que não terá diferença de valor, seja ele do crente fiel analfabeto ou pós-doutor. É sempre importante lembrar: embora o governo do Reino de Deus seja monárquico, as igrejas locais são democráticos; este é mais um motivo que leva os Batistas a não confundirem o Reino de Deus e a igreja.
V. A IGREJA E O ESTADO
Algumas pessoas simplesmente não entendem a diferença crucial do que os Batistas afirmam sobre a Separação entre Igreja e Estado. Em sua Teologia Sistemática, o Pr. Dr. Batista Norman Geisler fala sobre três posições, sendo duas totalmente opostas e uma que visa reconciliar os extremos.
i. O Reconstrucionismo. É a Igreja dominando o Estado; o governo faz uso da Bíblia como autoridade para o governo civil; esta posição deve ser abandonada, pois a Bíblia é apenas para o governo eclesiástico; ela é matéria de fé religiosa, não civil. Assim, advoga-se uma moral absoluta para o governo civil; esta moral absoluta é derivada das Escrituras, mas, majoritariamente, tal moral absoluta é estabelecida como parte da revelação geral de Deus.
ii. O Secularismo. É o Estado dominando a Igreja; o governo civil nega a existência de Moral Absoluta e Objetiva, sendo o estado norteado apenas pelos costumes do momento e uma moral relativista. Nele, a igreja sofre constantemente, como no caso do Brasil, pois a compreensão errônea de laicidade do Estado leva à perda do aspecto prescritivo, sendo um governo civil meramente situacional; assim, pecados como o divórcio, o aborto, a pedofilia, o casamento gay, etc., podem claramente obter o aval do Estado para sua efetivação.
iii. O Jeffersonianismo. É uma posição reconciliatória. Primeiramente, ele concorda com o reconstrucionismo no que tange à moral absoluta. Entretanto, esta moral absoluta é aquela encontrada na revelação geral (a natureza), e não na especial (a Bíblia). Assim, ao passo que afirma a imutabilidade da moral e da ética, nega que a Bíblia seja confundida com a constituição, mas ao mesmo tempo, não nega aspectos religiosos da sociedade, mas promove um ambiente cultural em que a religião seja uma opção viável. Em segundo lugar, ele concorda com a separação entre a igreja e o estado, mas nega a moral relativa do secularismo. Desta forma, os Batistas em seu âmago, devem ser totalmente contrários tanto ao Secularismo quanto ao Reconstrucionismo.
VI. O MINISTÉRIO DA IGREJA.
Uma vez que cada igreja Batista é autônoma, tal qual Wayne Grudem, afirmamos que o oficial da igreja é alguém que detém responsabilidade reconhecida publicamente para desempenhar determinadas atribuições a fim de trazer benefícios a toda a igreja. Em Lucas 12:32, lemos que os discípulos foram chamados de “pequeno rebanho”. Depois do início público da igreja, quase três mil almas foram acrescentadas ao pequeno grupo de 120 que estavam aguardando a descida do Espírito Santo (At 2:1-4,41-42). Na medida em que a igreja crescia e espalhava-se em vários lugares do mundo (em obediência à ordem de Jesus Cristo em At 1:8), foi necessário instituir homens que servissem à igreja local (At. 6) e depois, pastores foram estabelecidos em cada igreja local.
As Escrituras afirmam cinco ministérios dados às igrejas (no sentido da maneira como o Espírito promoveria por meio de dons [charismata], a cooperação e a comunhão das igrejas de mesma fé e ordem), a fim de que seja edificada (Ef. 4); é importante frisar que a lista de dons citados a seguir não indica níveis hierárquicos, mas são apenas descritivos: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores. Myer Perlman afirma que podemos separar tais ministérios em 1) Ministério Geral, composto por apóstolos, profetas, evangelistas e mestres; e 2) Ministério Local, composto pelos Pastores[10]. Já para Carlos Alberto Araújo, é possível separarmos estes ministérios em 1) Ministério Itinerante, composto pelos Apóstolos; 2) Ministério semi-fixo composto por Evangelistas e Profetas, e 3) Ministério Fixo, composto por Pastores e Doutores, sendo para ele Pastores e Doutores um único dom[11].
a. Apóstolos.Primeiramente, é importante frisar que tais apóstolos não são os doze e Paulo, mas os comissionados diretamente pelo Espírito Santo (At 13:1-3; 14:4,14). Estes eram, ou homens enviados diretamente pelos apóstolos enviados pelo filho (os 12 e Paulo), ou diretamente enviados pelo Espírito Santo, com autoridade para pôr em ordem igrejas locais que estavam afastadas do ensino dos apóstolos enviados pelo Filho. Barnabé era apóstolo (At 14:14); Silvano e Timóteo foram enviados (ITs 1:1;2.6) e provavelmente Andrônico e Júnias (Rm 16:7). Paulo fala dos “apóstolos enviados pelas igrejas”, ou “mensageiros das igrejas” (ICor 8:23; Fp 2:25); Tito foi apóstolo enviado por Paulo para pôr em ordem a igreja em Creta (Tt 1:5); Tiago, irmão do Senhor foi chamado apóstolo (Gl 1:19); Apolo era apóstolo (ICo 4:6,9)[12]. A maioria dos Batistas não afirma a continuação dos apóstolos por entenderem que eles são os missionários modernos, i.e., estabelecem igrejas em locais que não existem (IICo 10:16); são os pioneiros missionários. Para os Batistas da Promessa, todos os dons mencionados em Ef 4:11 permanecem; cabe apenas serem biblicamente observados.
b. Profetas.Em ICo 14 temos dois níveis de profecia: a profecia canônica, i.e., as Escrituras, as quais devem ser recebidas como “mandamentos do Senhor” (ICo 14:37), e as profecias que revelavam segredos dos corações dos homens (ICo 14:24-32) e predições de eventos contingentes futuros – Deus fazendo uso de seu conhecimento natural, médio e livre – (At 11:27-30; 13:1-2; 15:32; 21:10-14); o exemplo da profecia direcionada a Paulo demonstra que a mensagem profética dizia respeito a eventos contingentes e eram condicionais. As mensagens proféticas desta natureza eram para ser julgadas pela igreja (1Co 14:29), inclusive o profeta era para ser julgado pela sua mensagem (ICo 14:29-32).
c. Evangelistas.É a capacidade dada por Deus de difundir, pelo poder do Espírito, o Evangelho entre os incrédulos (At 8:5,6,26-40; 14:13-21). Os evangelistas auxiliam na proclamação dentro de uma igreja já organizada (o que os difere dos apóstolos), inclusive na promoção do discipulado (At 8:5-8; 20:1-3,6-7,11,17; 21:8,9); por tal motivo que este ministério foi chamado de Semi-fixo[13]. Estes pregavam o evangelho numa região já atingida pela pregação de apóstolos que organizaram igrejas locais (At 21:8; IITm 4:5); também acompanhavam os apóstolos, sendo por vezes enviados em missões específicas. Os evangelistas também ordenavam presbíteros (IITm 5:22; Tt 1:5) e exerciam a disciplina nas igrejas locais (Tt 3:10).
d. Pastores.Dentro do que Myer Perlman afirma acerca do Ministério local, de acordo com Hélio de Menezes Silva temos o Presbítero Serviçal (diácono) e o Presbítero Pastor (Bispo)[14]. Desta maneira, temos de maneira mais clara os Oficiais cuja operação é exclusiva na igreja local: Pastores e Diáconos dentro do dom de pastor. Os diáconos (At 6:1-4; ITm 3:8-13) exerciam essa atividade de servir a igreja (ITm 3:8-13). Os Bispos eram os supervisores do rebanho de Deus (At 20:17,28; ITm 3:1-12; Tt 1:5,7), aos quais foi confiado o ministério da palavra (At 6:4).
e. Doutores.Uma defesa apologética da fé cristã é a obra destes discípulos capacitados com o dom da palavra da ciência (Rm 15:14; ICo 8:1,2; 12:8,28; 13:2,8-10; IICo 3:14-19; Ef 3:14-19; Tg 1:5). Segundo Carlos Alberto R. Araújo, a palavra da ciência “é a capacidade especial que Deus oferece a alguns discípulos, capacitando-os a descobrir, coletar, analisar e formular informações e ideias que são importantes para o bem-estar e o crescimento da igreja”[15]. Existe alguma discussão se Pastores e Doutores são de fato dois dons distintos ou se são um só dom; esse questionamento se dá em razão de que ao citar “pastores e doutores”, Paulo apenas utiliza “e” (gr. καί), ao invés de “uns para/outros para” (gr. τοὺς δὲ) como estava fazendo ao mencionar os outros três dons anteriores: “uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4:11). De qualquer maneira, que isto sirva de alerta a que os Pastores também busquem exercer pastoreio que providencie uma defesa apologética da fé cristã (At 18:24-28; ITm 3:2; IITm 2:2,22-24; Tt 1:9; Tg 3:1)[16]. Uma característica daquele que possui tal dom é a humildade (Mt 11:29) e submissão incondicional ao Senhor e à Sua Palavra (Lc 10:39).
VII. CONCLUSÃO: O PROPÓSITO DA IGREJA.
Uma vez que estamos munidos de importantes informações concernentes à igreja, chegamos agora ao ponto crucial: o fim de toda esta estrutura que falamos anteriormente e a razão de todos estes Dons Ministeriais que o Senhor concede à igreja. Ora, o objetivo da igreja é viver para a glória do Senhor e Salvador Jesus Cristo, obedecendo à grande comissão (Mt 28:19-20; Mc 16:15-18). O Pastor Batista Charles Haddon Spurgeon afirmou que “todo cristão ou é um missionário ou é um impostor”.
A verdade das Escrituras é que estamos nesta terra para anunciarmos que é chegado o Reino de Deus. A igreja de Cristo precisa ser a igreja que o incrédulo não vai e a Bíblia que o incrédulo não lê. Desta forma, agradaremos, por meio de nosso testemunho fiel e sincero, àquele que nos salvou com tão grande salvação (Hb 2:3). Como escravos (gr. δοῦλος) de Jesus Cristo (Rm 1:1; IICo 4:5), devemos ser membros uns dos outros (Rm 12:5).
Eia! Façamos discípulos de todas as nações! Batizemo-los segundo as Escrituras, e os ensinemos a andarem na Verdade: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). Como os Batistas cantam desde 1891 em nosso Cantor Cristão: “O Estandarte desta igreja, Levantemos sem temor!”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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NOTAS
[1] APOSTILA DO ALUNO: Eclesiologia: Doutrina da Igreja. Rio Branco: SETEBAN-RO/AC, 2017. p. 1.
[2] ARAÚJO, Carlos Alberto Ribeiro. A Igreja dos Apóstolos: Conceito e Forma das Lideranças na Igreja Primitiva. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p. 32
[3] Ibid. p. 34.
[4] LAHAYE, Tim; HINDSON, Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. p.20-25.
[5] GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2011. p. 630-631.
[6] APOSTILA DO ALUNO: Eclesiologia: Doutrina da Igreja. Rio Branco: SETEBAN-RO/AC, 2017. p. 6.
[7] LYONS, Vernon C. SOLA SCRIPTURA-TT. Batistas não são Protestantes. Disponível em <http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/BatistasNaoSaoProtestantes-Lyons.html>. Acessado em 24 de abril de 2017
[8] APOSTILA DO ALUNO: Eclesiologia: Doutrina da Igreja. Rio Branco: SETEBAN-RO/AC, 2017. p. 9.
[9] APOSTILA DO ALUNO: Eclesiologia: Doutrina da Igreja. Rio Branco: SETEBAN-RO/AC, 2017. p. 15.
[10] Ibid. p. 18.
[11] Op. cit. p. 205-221.
[12] PICKERING, Wilbur Norman. When is an Apostle? Disponível em <http://www.walkinhiscommandments.com/Pickering/Miscellaneous/When%20is%20an%20apostle.pdf>. p. 3-10.
[13] Op. cit. p. 49, 209.
[14] Veja mais em, SILVA, Hélio de Menezes. Presbítero Pastor (Bispo). Disponível em <http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/11PresbiteroPastorOuBispo-Helio.htm>. Ver também, SILVA, Hélio de Menezes. Presbítero Serviçal (Diácono). Disponível em <http://solascriptura-tt.org/EclesiologiaEBatistas/12PresbiteroServicalOuDiacono-Helio.htm>.
[15] Op. cit. p. 50.
[16] Veja mais sobre “O Ministério Pastoral como um Mestre da Palavra”, em Carlos Alberto R. de Araújo: Ibid. p. 103-107.