"Tendo iluminado os olhos do vosso entendimento [...]" (Ef. 1:18)
Nas Escrituras, a morte física sempre significa 'separação', nunca 'aniquilação'. É estranho que alguns não-aniquilacionistas ainda interpretem Efésios 2:1, que retrata a morte espiritual, com um olhar aniquilacionista, i.e., da morte espiritual consistindo em aniquilação das faculdades humanas de, uma vez iluminadas pela graça de Deus, vir a crer no Evangelho por uma Graça Irresistível, quando as Escrituras ensinam o endurecimento voluntário do homem: "Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira, e da manifestação do juízo de Deus" (Rom. 2:5).
Isso significa que a oferta de salvação é genuína, significando que todos podem crer: "Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens" (Tt. 2:11); esta iluminação não está restrita aos eleitos, porque "Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo" (Jo. 1:9); esta iluminação leva à graça salvadora, por meio de arrependimento genuíno e voluntário: "Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus" (Jo. 3:20-21).
A doutrina da Radical Depravação humana consiste no fato do pecado ter atingido o homem em todas as áreas do seu ser, separando-o de Deus, e isso não significa aniquilação do entendimento, para, movido pela graça Divina, ser levado à graça salvadora: "Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo" (IICor. 4:6).
Rio Branco - Acre - 27 de julho de 2017.